Por que Contamos Histórias? Descubra Seu Verdadeiro Motivo

Por que Contamos Histórias? Descubra Seu Verdadeiro Motivo

Jogos, filmes, livros, novelas, memes… A gente ama uma boa história. Mas já parou pra pensar por quê?

Spoiler: não é só pra se divertir

Desde que o mundo é mundo, a gente senta em volta da fogueira (ou da tela do celular) pra ouvir e contar histórias. É quase um instinto. E se você chegou até aqui, provavelmente sente esse chamado também. Mas antes de sair escrevendo qualquer coisa, vale fazer uma pausa e se perguntar:
Por que eu quero contar uma história?

Histórias não são só histórias — são reflexos da vida

Pensa nos filmes que você ama. Tipo Shrek. A história não é só sobre um ogro ranzinza e uma princesa ogra. É sobre autoaceitação. Sobre se amar como você é, mesmo quando o mundo todo diz que você é esquisito.

Ou então Rocky, o clássico. A mensagem ali é simples, mas poderosa: com esforço e garra, você vai mais longe do que imagina.

Chinatown… é um balde de água fria. Mostra que nem sempre a justiça vence. E isso é doloroso, mas real.

Esses filmes têm algo em comum: eles carregam uma visão de mundo. Cada história é como um “óculos” que o autor empresta pra você enxergar a vida do jeito que ele vê.

E por que isso importa pra você?

Porque se você quer escrever algo que toque alguém de verdade, precisa saber qual é o seu “óculos”. Qual visão de mundo você quer mostrar? E mais: você está disposto a prová-la?

Sim, provar. Não basta só dizer “o amor vence tudo”… Mostre isso! Coloque seus personagens em situações onde esse amor é testado até o limite. E aí, se no final eles vencem, a gente acredita. Não porque você disse, mas porque você provou com a história.

As histórias ajudam a gente a viver (sem viver de verdade)

Sabe aquela sensação de sair de um filme e parecer que você viveu tudo aquilo? É porque, de certa forma, viveu mesmo. O cérebro não distingue muito bem o que é vivido do que é intensamente imaginado.

A gente busca histórias porque, na real, a vida é complexa demais. Então a gente se aproxima dela aos poucos, por meio das narrativas.
Quando assistimos Gênio Indomável, sentimos o peso das escolhas do Will.
Quanto à Túmulo dos Vagalumes, sentimos na pele o que é perder tudo na guerra.

Essas experiências ajudam a gente a entender o mundo, os outros e, principalmente, nós mesmos.

“Mas eu não sou um grande escritor…”

Nem precisa ser (ainda). O que você precisa é de coragem pra contar sua verdade. Como Guimarães Rosa escreveu:

“O que a vida quer da gente é coragem.”

E contar uma história é isso: coragem pra se colocar no papel. Coragem pra dizer “é assim que eu vejo o mundo”, e fazer com que os outros vejam também.

Tá, mas e na prática? Como começo?

  1. Reflita: Qual é a sua visão de mundo? Sobre amor, justiça, amizade, medo?
  2. Escolha um tema: Algo que você acredita de verdade.
  3. Crie um personagem: Alguém que vai viver uma jornada pra provar essa ideia.
  4. Coloque obstáculos reais: Ninguém acredita numa vitória fácil.
  5. Construa o final como consequência: Nada de final mágico. O final deve ser inevitável e irreversível — como já diria Aristóteles.

E aí, qual é a sua história?

Se esse texto te fez pensar, é porque você já está pronto pra começar.
Vai lá, pega um caderno, anota suas ideias.

Acreditamos que todo mundo tem uma história que vale a pena ser contada. E a sua pode ser a próxima que vai tocar alguém. Aqui, o roteiro é na real.

Continue lendo. Continue estudando. Continue escrevendo.

Renan Wagner

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